2º Estudo – Os Perigos do Mundo
Qual o objetivo deste estudo?
Alcançar o estágio
de Galutyah/Gálatas 6.14:
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus, o Cristo], pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
Por que o mundo é um inimigo poderoso?
Porque ele é
o instrumento mais eficaz que o Adversário se utiliza para nos desviar do
objetivo para o qual fomos salvos:
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho,
a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8.29).
Não fomos
salvos apenas para irmos para o céu depois de morrermos. Nossa salvação tem objetivos
maiores – Gálatas 1.4.
Fomos salvos
para sermos santos – 1 Tessalonicenses 4.3,7.
É o
Adversário sabe que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14).
Então,
quando ele não consegue impedir a salvação de uma vida ele procura, ao menos, impedir
que essa vida cresça em santidade, porque ele sabe que uma vida santa é uma
vida de luz, e a luz dissipa as trevas.
Se ele não
conseguir impedir que alguém obtenha no Messias [em Cristo] a vida eterna, ele
irá tentar impedir que essa vida venha a fluir no discípulo como um rio (João
7.38).
Se não pode
impedir de sermos servos do Altíssimo, ele irá fazer de tudo para nos tornar servos inúteis.
Ele fará de
tudo para impedir que aquele que nasceu de novo viva em novidade de vida, mas
continue vivendo como vivia antes, nos seus domínios, quando estava morto em
delitos e pecados.
Como o mundo nos ilude e nos enreda?
Por meio do
mundo o Adversário faz com que coisas NÃO necessariamente ilícitas ocupem um
lugar de destaque em nossas vidas – nosso tempo, atenção, desejos, motivação,
prioridades. E assim o mundo nos absorve, suga a nossa energia, a nossa
vitalidade.
Lucas 21.34 – As preocupações deste mundo
O lazer não
é pecado. O lazer é algo bom e necessário, mas quando ocupa espaço demais em
nossas vidas ele se torna um laço para nós, que nos impede de percorrer o
Caminho.
Não é pecado
a família se preocupar com o seu bem-estar nessa terra, mas se essa preocupação
ocupa um espaço maior do que a devoção ao Eterno (a oração, o estudo da
Palavra, etc), então quer dizer que o mundo já fez uma nova vítima.
Buscar
conforto e comodidade não é pecado, mas se vivemos apenas pensando em conforto
e comodidade, então já fomos enredados.
Se o que motiva
a nossa vida é a perspectiva de comprar uma casa, um carro, um outro objeto
qualquer, então o mundo já entrou em nosso coração.
Não é pecado
ter objetivos de vida como comprar um bem, fazer um curso, prestar um concurso,
etc, mas se esses objetivos ocupam o lugar central de nossas vidas, o lugar que
pertence ao Senhor, então o mundo já nos venceu.
Como devemos andar neste mundo?
Para
evitarmos a ação do mundo sobre nós temos que nos lembrar constantemente que fomos
salvos para sermos santos (Romanos 8.29; 1 Tessalonicenses 4.3,7), livres deste
mundo (Gálatas 1.4), que a nossa pátria está nos céus (Filipenses 3.20), que
fazemos parte de um novo reino (Colossenses 1.13) e que somos apenas peregrinos
e forasteiros nesse mundo (1 Pedro 2.11).
Nossa
conduta deve ser a de 1 Coríntios 7.31:
[...] e os que se utilizam do mundo, como se dele
não usassem; porque a aparência deste mundo passa.
De minha
parte, creio que o mundo é o nosso maior inimigo na atualidade. Se não estamos influenciando
e envolvendo o mundo é porque já fomos influenciados e envolvidos por ele.
No Sermão do
Monte nosso Senhor nos ensinou a não acumularmos tesouros sobre a terra (Mateus
6.19-21), ou seja, a não termos nada aqui neste mundo que seja tão precioso,
valioso, para nós que se torne um tesouro, a fim de que o nosso coração não
seja atraído por ele. E a forma como nos relacionamos com o mundo é a melhor
referência para respondermos à questão:
Onde está o meu tesouro?
O maior
perigo do mundo é que ele nos faz esquecer do Senhor.
Yossef Franco