sábado, 28 de maio de 2016

3º ESTUDO SOBRE A CARNE

A SALVAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
(REFERÊNCIAS: O Homem Espiritual, Vol. I – Watchman Nee, Edições Parousia / Nascidos de Deus – Sermões sobre João 1, de D. M. Lloyd-Jones, Editora PES)

Qual o objetivo deste estudo?

Chegarmos todos juntos ao estágio de Galutyah/Gálatas 5.16,24:

[...] Vivam pela Ruach [Espírito], e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne... Os que pertencem ao Messias Yeshua [Cristo Jesus] crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos (Gl 5.16,24)

1. A grande necessidade da humanidade

No estudo anterior vimos que o pecado e a morte entraram no mundo por meio da queda, do pecado de Adam [Adão], que era o representante da humanidade.

Por causa do pecado de Adam toda a humanidade, seus descendentes, herdaram tanto a natureza pecaminosa como também a certeza de morte e condenação – Rm 5.17-19.

P: Por que os homens morrem?
R: Por causa do pecado – Rm 5.12.

Também no estudo anterior vimos que a morte atingiu primeiramente o espírito do homem – Ef 2.1 (Devemos nos lembrar que tanto nossa alma quanto nosso corpo estavam bem vivos, desempenhando normalmente as suas funções, no momento de nossa conversão. Somente nosso espírito estava desabilitado, numa condição de morte).

O espírito (assunto do 1º estudo) é o órgão de nossa constituição que nos permite ter comunhão com o Eterno, ou seja, nos conectar a Ele.

P: Sendo assim, qual é a grande necessidade da humanidade?
R: Que o seu espírito viva novamente, ou seja, que seja regenerado.

No entanto, para que haja a regeneração, é necessário antes que o pecado do homem seja julgado e que ele pague pelo preço de seu pecado, se reconciliando assim com o Eterno.

P: Qual é o preço que o homem deve pagar pelo seu pecado?
R: A morte – Ez 18.4,20.


2. A encarnação do Verbo


Como foi o homem quem pecou, somente outro homem poderia morrer pelos pecados do homem.

Mas como o homem poderia morrer pelo seu próximo, se ele mesmo estava em pecado e por isso teria que morrer pelo seu próprio pecado?

Logo, era necessário que alguém sem pecado morresse pelo homem.

P: Mas quem, à luz do texto de Rm 3.9,10,23?
R: Hb 10.5-18.

Foi para isso, para morrer no lugar do homem em pecado, que o Senhor Yeshua [Jesus] se manifestou no mundo em uma forma humana – Mc 10.45.

Tendo vivido uma vida perfeita, sem ter pecado por pensamento, palavras e atitudes, quer por omissão ou comissão, Ele pôde se apresentar para morrer no lugar do homem em pecado e se tornar o seu representante.

Tendo substituído o homem em sua morte Ele se tornou o novo representante daquele que nEle crê. Adam já não mais representa esse homem.

Yeshua, o Messias, é o representante de todos os seus talmidim [discípulos]
(Rm 5. 17-19)

Para eles não há mais condenação e sim vida eterna – Rm 8.1; Jo 3.18; 1 Jo 5.13.

É sobre essa fé no Messias Yeshua que Sha’ul, o emissário [Paulo, o apóstolo], escreve em Rm 5.1.

P: O que é crer no Messias Yeshua /receber o Senhor Yeshua?
R: A resposta está em Jo 1.10-12 (além de outros textos da Bíblia)

a. Conhecê-lO – Jo 1.10:

Conhecer é sinônimo de reconhecer quem Ele é. (Jo 7.15 – não o reconheceram/Jo 1.14 – conheceram)

É importante sabermos disso porque há muitos que pensam que Ele é apenas um grande mestre e não o Filho do Eterno, o próprio Eterno (Jo 1.1) que se fez carne.

Um dos grandes responsáveis por esse engano é o Adversário (2 Co 4.3,4).
O conhecer do texto de Jo 1.10 é um reconhecer que envolve confissão.

Não é apenas um conhecimento intelectual e sem compromisso.

VOCÊ O CONHECE?

Se O reconhece, então você deve dar o segundo passo:

b. Recebê-lO – Jo 1.11,12:

Não basta reconhecer quem Ele é. Para se tornar um filho do Eterno é necessário recebê-lO.

Receber é algo experimental, que nos leva mais longe do que o conhecer.

E como O recebemos?


Texto extraído do livro NASCIDOS DE DEUS – Sermões sobre João 1, de David Martyn Lloyd-Jones, Editora PES (Publicações Evangélicas Selecionadas)

Importante: É possível reconhecer o Senhor e não recebê-lO.

E não é reconhecer apenas os aspectos de Sua Pessoa e obra que nos agrada, mas sim TODO o Seu ensino com suas implicações.

Ele veio nos resgatar de nossa maneira vazia de viver.
(1 Pe 1.18)

CUIDADO PARA NÃO CRIAR FALSAS EXPECTATIVAS!

Somente O recebem aqueles que reconhecem que precisam de um Salvador – Mc 2.17; Lc 19.10.

Somente os que reconhecem suas próprias necessidades olham para Ele e dizem: ELE É TUDO O QUE EU PRECISO!

c. Crer no Seu Nome – Jo 1.12:

Crer (que é sinônimo de receber) no Nome do Senhor Yeshua é crer/confiar na Sua Pessoa e na Sua obra – At 2.37,38; 8.36,37; 16.30,31.

VOCÊ O CONHECE?
VOCÊ JÁ O RECEBEU?
VOCÊ CRÊ NELE?

Se a sua resposta foi SIM para todas essas perguntas, veja as consequências de sua decisão:

3. Consequências da fé no Messias Yeshua


Nosso Senhor sofreu em Seu corpo – Sl 22.16; Zc 12.10; Sl 69.21 (comparar com Mt 27.34).

Ele sofreu em Sua alma – Jo 12.27; Mt 26.38; Lc 22.44.

E Ele sofreu em Seu espírito – Jo 13.21; Mt 27.46 (comparar com Jo 16.32).

Somente após todo esse sofrimento é que ele pôde dizer: Está consumado – Jo 19.30.

Agora sim, após esse breve relato sobre o sacrifício de nosso Senhor e Salvador Yeshua, o Messias, veremos algumas das consequências da Sua obra, a obra da salvação, em favor de nosso ser:

a. Para o espírito:

A regeneração do espírito (Ef 2.1).

Após tratar o problema da culpa do pecado o Eterno regenera o espírito decaído do homem, possibilitando assim que o homem tenha comunhão com Ele novamente – Ez 36.26,27.

A união com o Senhor Yeshua por meio da Ruach HaKodesh [Espírito Santo] – Rm 6.3-5; 1 Co 12.12,13.

b. Para a alma:

A crucificação do velho homem – Rm 6.6.

A possibilidade de vencer os desejos da carne – Rm 8.13

A retomada do equilíbrio entre espírito, alma e corpo, pela recepção da própria Vida do Eterno.

A possibilidade de restauração do propósito original do Eterno em que nosso espírito governe o nosso corpo por meio de nossa alma, que é o objetivo deste estudo.

c. Para o corpo:

A promessa da redenção final do corpo – Rm 8.22,23; 1 Co 15.50-55.

d. Para todo o nosso ser:

A adoção na família do Eterno – Rm 8.15; Ef 1.5.

A vida eterna – Jo 10.27,28; 11.25,26; 1 Jo 5.13.

Uma herança no Reino do Senhor – At 20.32; 26.18; Ef 1.18; Cl 1.12; 3.24; 1 Pe 1.3,4.


Mas isso tudo é para os que conheceram, receberam/creram no Senhor Yeshua, o Messias. Diferente do que está reservado para aqueles que disseram NÃO para Ele.

P: Quais as consequências para os que rejeitam/não creem no Senhor Yeshua, o Messias?
R: Condenação – Jo 3.18,19; 8.24

Yossef Franco      







quinta-feira, 19 de maio de 2016

2º ESTUDO SOBRE A CARNE

A QUEDA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
(REFERÊNCIA: O Homem Espiritual, Vol. I – Watchman Nee, Edições Parousia)

Qual o objetivo deste estudo?

Chegarmos todos juntos ao estágio de Galutyah/Gálatas 5.16,24:

[...] Vivam pela Ruach [Espírito], e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne... Os que pertencem ao Messias Yeshua [Cristo Jesus] crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos (Gl 5.16,24)


1. O homem e a sua vontade livre

Como vimos no estudo anterior a vontade do Eterno é que o espírito domine todo o nosso ser, no entanto, quando criou o homem o Senhor o fez de modo que o homem tivesse liberdade de escolha, ou seja, livre-arbítrio. Assim o homem poderia escolher obedecer ou não ao Senhor.

A liberdade de escolha de Adam [Adão] pode muito bem ser vista no texto de Gn 2.16,17:

16E Yahweh Elohim lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Neste estudo iremos ver algumas consequências para o espírito, a alma e o corpo, após a queda, o pecado de Adam.

2. A queda do homem

No relato da tentação de Chavah [Eva] (Gn 3.1-6) é importante destacarmos o fato de que foi principalmente por meio do intelecto que o Adversário conseguiu fazer com que ela se rebelasse contra o Eterno.

E para atingir a mente de Chavah sua estratégia foi fazer com que ela se inclinasse para as necessidades de seu corpo, causando assim a morte de seu espírito.

A grosso modo podemos classificar as necessidades do corpo em:

v Alimento – O Adversário faz uso da nossa necessidade de comida e bebida para nos atrair, assim como usou o fruto do conhecimento do bem e do mal para tentar Chavah. Os pecados de glutonaria e bebedices (Gl 5.21) são resultantes do desejo exagerado de satisfação desta necessidade.

v Reprodução – O Adversário fez com que esta necessidade fosse mudada para prostituição e lascívia (Gl 5.19).

v Defesa – O cuidado e a proteção natural do o corpo foram mudados de forma que o homem hoje se opõe a tudo que possa interferir em seu conforto e prazer, resultando daí os pecados de inimizades, ciúmes, iras, discórdias, egoísmos, etc (Gl 5.20).

Nos dias atuais o Adversário procura se utilizar também do MUNDO (assunto de nosso estudo anterior) para conseguir a nossa atenção, nos enganar e nos enredar. Se compararmos Gn 3.6 com 1 Jo 2.16 teremos o seguinte:

v A árvore era boa para se comer = concupiscência (cobiça) da carne;

v Agradável aos olhos = concupiscência (cobiça) dos olhos;

v Desejável para dar entendimento = soberba da vida.

Não devemos nos esquecer que o objetivo do Adversário era atingir a vontade (órgão da alma responsável por nossas decisões), ou seja, fazer com que Chavah decidisse desobedecer ao Eterno, e para isso ele desferiu o seu ataque ao intelecto, fazendo que a alma de Chavah pensasse de forma independente da direção do espírito.

Desse tempo até hoje a mente se tornou o principal ponto de ataque dos espíritos malignos contra a humanidade.

É por meio desses ataques que o Adversário muitas vezes consegue impedir que alguém creia no Senhor Yeshua, o Messias (2 Co 4.3,4).

Mas não são apenas os incrédulos que são atacados em suas mentes. Os que creem também são (2 Co 11.3).

Além do intelecto, o Adversário também se utiliza de nossas emoções como uma ponte para se chegar até a nossa vontade. Podemos ver isso no exemplo de Adam, que não foi enganado (em sua mente), mas que que pecou por causa de sua afeição a Chavah, conforme podemos ver em Gn 3.12 e 1 Tm 2.14.

3. Pecado e morte

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12).

Na queda o grande triunfo do Adversário foi convencer Adam e Chavah a desobedecerem ao Eterno. Com isso tanto o pecado como a morte entraram no mundo e passaram a fazer parte da natureza humana.

A primeira parte de nossa constituição a sofrer graves consequências com a queda foi o espírito, que morreu no momento que a alma parou de segui-lo para seguir o corpo (morte espiritual).

É sobre essa morte que Sha’ul, o emissário [Paulo, o apóstolo], fala em Efésio 2.1:

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.

No momento de nossa conversão nossa alma e nosso corpo estavam bem vivos, ou seja, desempenhando normalmente as suas funções. Somente nosso espírito estava desabilitado porque, ao seguir o corpo e pecar contra o Senhor, a alma se afastou dele [do espírito], que por sua vez se “desconectou” do Eterno (Is 59.2).

É interessante observar que a palavra “mitsvá”, do hebraico, traduzida para o português como “mandamento” é frequentemente relacionada à palavra aramaica “tzavta”, que significa conectar, anexar ou juntar. Assim entendemos que o cumprimento de uma mitsvá [um mandamento] nos conecta ao Eterno, já uma desobediência nos afasta dEle.

Como dissemos anteriormente o espírito do homem NÃO regenerado está morto não porque deixou de existir, mas sim porque não está mais cumprindo a sua função de se conectar ao Eterno.

O Eterno já havia alertado antes a Adam que a sua desobediência iria resultar em morte, conforme vimos em Gn 2.17.

Posteriormente a morte também alcançou o corpo (morte física).

4. A perda da possibilidade de vida eterna

Por causa do pecado Adam e Chavah foram expulsos do Jardim do Éden e com isso perderam o acesso ao fruto da árvore da vida, que poderia dar a eles a vida eterna (Gn 3.22-24).

Mas o que é a vida eterna?

Ao contrário do que muitos pensam vida eterna não é algum “bem” semelhante a um objeto que recebemos por parte do Eterno.

Nosso Senhor nos ensinou que vida eterna é conhecimento do Pai e do Filho (Jo 17.3), sendo que conhecimento não apenas entender algo intelectualmente, mas conhecer por experiência.

No entanto, se o espírito do homem não regenerado está morto, como ele poderá conhecer o Eterno?

Por isso é necessário que o homem seja regenerado, ou seja, que o seu espírito viva novamente, de modo a poder outra vez desempenhar as suas funções.

Nós talmidim [discípulos] do Senhor Yeshua temos vida eterna por causa da nossa comunhão com Pai, mediante a fé no Filho. Temos vida eterna porque estamos conectados a Aquele que tem vida eterna, o Senhor Yeshua, o Messias, da mesma forma que um ramo enxertado a uma videira (Jo 15.5).

O Messias Yeshua habita em todo aquele que nEle crê.
Ou não reconheceis que Yeshua, o Messias está em vós? (2 Co 13.5)

Esta habitação é um fato e não depende do nosso sentimento, se estamos “sentindo” essa união com Ele. É um fato e nós devemos crer.


Yossef Franco      

sexta-feira, 13 de maio de 2016

1º ESTUDO SOBRE A CARNE

O SER HUMANO E A SUA CONSTITUIÇÃO
(REFERÊNCIA: O Homem Espiritual, Vol. I – Watchman Nee, Edições Parousia)

Qual o objetivo deste estudo?

Chegarmos todos juntos ao estágio de Galutyah/Gálatas 5.16,24:

[...] Vivam pela Ruach [Espírito], e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne... Os que pertencem ao Messias Yeshua [Cristo Jesus] crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos (Gl 5.16,24)

1. A Constituição dos serem humanos

Segundo os textos de 1 Ts 5.23 e Hb 4.12, todos os serem humanos são constituídos de 3 partes: espírito, alma e corpo.

2. A Criação do Homem

De acordo com o texto de Gn 2.7 o Eterno formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente.

Ou seja, da combinação entre o fôlego da vida e o corpo surgiu a alma.
O fôlego da vida se tornou o nosso espírito, que não devemos confundir com o Espírito Santo – Rm 8.16.

Um bom exemplo para ilustrar o ato da criação é uma lâmpada elétrica. O fio da lâmpada representa o nosso corpo, a eletricidade o espírito e a luz a alma.

3. O Templo e o Homem – 1 Ts 5.23, 1 Co 3.16

Tanto o Tabernáculo como o Templo do Antigo Testamento eram divididos em 3 partes:

1 - O Átrio Externo, que era visto por todo.
2 - O Lugar Santo, onde só os sacerdotes podiam entrar e estava bem próximo do Eterno.
3 - O Santo dos Santos, onde o Eterno Se manifestava.

Assim como o Templo o homem também possui 3 partes:

1 - O Corpo é o Átrio Exterior.
2 - A Alma é o Santo Lugar.
3. O Espírito o Santo dos Santos.

4. O espírito, a alma e o corpo

É importante ressaltar que NÓS SOMOS uma alma e temos um espírito e um corpo.

§  O espírito: É por meio do espírito que temos comunhão com o Eterno e O adoramos. O Espírito Santo habita em nosso espírito. O espírito precisa da alma para atuar sobre o corpo a fim de governá-lo. No homem não regenerado o espírito está morto, no sentido de que não pode ter comunhão com o Eterno, no entanto esse mesmo espírito ainda pode ser utilizado para contatar o mundo espiritual, assim como fazem muitos ocultistas.

§  A alma: É a sede da nossa personalidade, o nosso próprio EU. Ocupa posição intermediária entre o espírito e o corpo, possui o poder do livre arbítrio e torna possível a comunicação entre o espírito e o corpo. A alma é o elemento principal do homem, porque a vontade do homem pertence a ela (como veremos mais adiante). É a alma que peca (Ez 18.4,20; Mq 6.7). O pecado acontece quando a vontade aceita a tentação. É a alma que precisa de expiação (Lv 17.11).

§  O corpo: É por meio do corpo que temos contato e interagimos com o mundo exterior, material. O corpo pode atrair a alma e fazê-la se rebelar contra o espírito.

A alma não é apenas uma das partes do homem, mas também é a sede de sua personalidade, o seu EU, bem como a sua vida natural. A mesma palavra do hebraico para alma (נפש – nefesh) também pode ser traduzida como vida. Exemplos: Lv 17.11 – Porque a vida (a alma – נפש – nefesh) da carne está no sangue.  Gn 14.21 – Então, disse o rei de Sodoma a Avram [Abrão]: Dá-me as pessoas (vida – נפש – nefesh), e os bens ficarão contigo.

Antes do homem pecar a alma estava completamente sob o domínio do espírito. Ao nos regenerar o objetivo do Eterno é recuperar esse domínio do espírito sobre o nosso ser.

5. O espírito e suas funções

§  Consciência: É a função que nos possibilita discernir e distinguir o certo do errado por meio de um julgamento espontâneo e direto, sem a influência do conhecimento acumulado na mente. Dt 2.30; At 17.16; Rm 8.16; 1 Co 5.3.

§  Intuição: É a função que nos permite conhecer o Eterno e a Sua vontade. Por meio da intuição Ele Se comunica diretamente conosco e nos transmite Suas instruções, independente da influência da alma que, no entanto, nos ajuda a entender aquilo que estamos recebendo. Todas as revelações do Espírito Santo chegam até nós por meio da intuição. Mt 16.13-17; Mc 2.8; At 19.21; 20.22; Rm 8.16; Ef 1.17.

§  Comunhão: É por meio desta função que podemos adorar ao Eterno. Por ser Espírito, Ele não pode ser percebido diretamente pelos órgãos de nossa alma. Assim como no Tabernáculo, a nossa comunicação com o Eterno acontece no Santo dos Santos. Lc 1.47; Jo 4.23,24; Rm 1.9; 8.15,16; 1 Co 6.17; Ap 21.10.

6. A alma e suas funções

§  Vontade: É a função mais importante de nossa alma por ser a responsável por nossas escolhas. Nossas decisões resultam do exercício da vontade. 1 Cr 22.19; Jó 6.7; Jó 7.15.

§  Mente: É a função que nos permite raciocinar e lembrar. É a responsável por nossos pensamentos. Sl 139.14; Pv 2.10; Lm 3.20.

§  Emoção: Por meio desta função manifestamos aquilo que gostamos de que não gostamos. Amor e ódio, alegria e tristeza, são algumas manifestações desta função. 1 Sm 18.1; 2 Sm 5.8; Sl 42.1; Sl 84.2; Ct 1.7; Mt 26.38.

Yossef Franco