quarta-feira, 30 de março de 2016

ESTUDOS SOBRE O MUNDO

6º Estudo – Vencendo o Mundo

Qual o objetivo deste estudo?

Alcançar o estágio de Galutyah/Gálatas 6.14:

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus Cristo], pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.

Permanecendo nEle

Pouco antes de deixar o mundo nosso Senhor Yeshua fez o seguinte convite aos Seus talmidim [discípulos]:

[...] permanecei em mim...
(Jo 15.4)

Se olharmos para o contexto bíblico onde este convite está inserido veremos que antes dele o Senhor não só anunciou que iria sair deste mundo (Jo 13.33,36; 14.19), mas que também iria retornar para os Seus talmidim por meio da Ruach HaKodesh [Espírito Santo] (Jo 14.18).

É nesse contexto que Ele diz permanecei em mim... [em meu Espírito].

Já estudamos na lição nº 4 – Forasteiros e Peregrinos, que todos nós, talmidim, fomos unidos ao Senhor Yeshua em Sua morte. Ou seja, nosso Senhor NÃO levou apenas nossos pecados com Ele no madeiro, mas nós também.

3Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos imergidos no Messias Yeshua fomos imergidos na sua morte? 4Fomos, pois, sepultados com ele na morte pela imersão; para que, como o Messias foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. 5Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, 6sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos...
(Rm 6.3-6)

É por meio dessa união em Sua morte que fomos retirados do mundo e feitos peregrinos e forasteiros aqui.

Rm 6.6 nos informa que o nosso velho homem (que era habitante do mundo e que amava as coisas do mundo) foi crucificado com o Messias.

Nosso objetivo neste estudo é meditarmos um pouco mais sobre essa questão, a nossa união com o Messias, tendo em vista que é contra os benefícios dela que o mundo desfere os seus ataques sobre nós.

O grande objetivo do mundo é neutralizar os benefícios que a união com o Messias nos traz.

Isso porque o Adversário sabe que nossa permanência no Messias significa derrota para ele e para seu reino.

Por isso ele se utiliza das coisas, das áreas, que compreendem o mundo (política, ciência, educação, música, artes, cultura, comércio, indústria, entretenimentos, etc) para desviar a atenção do talmid [discípulo] daquilo que é mais importante para ele: A sua permanência no Messias.

Sobre essa permanência, não podemos acreditar que seja algo apenas “posicional” e não prático, vivo, experimental. Digo isso porque nosso Senhor deu como exemplo de permanência a Sua própria relação com o Pai:

10Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. 11Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
(Jo 14.10,11)

Pelo texto podemos ver que havia uma operação e uma interação viva entre o Pai e o Filho.

Vejamos outros textos:

Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.
(Jo 15.9)

E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
(Jo 8.29)

Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo.
(Jo 16.32)

Yeshua, o Messias, a Videira Verdadeira

O texto de Yochanan/João 15.1-10 diz o seguinte:


1Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; 4permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. 7Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. 8Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus talmidim. 9Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.


Ele [Yeshua] é a Videira, nós [talmidim] os ramos.

Em nossa imersão [união] em Sua morte fomos enxertados nEle e retirados do mundo.

Não estamos mais no mundo porque estamos nEle, no Messias [em Cristo], enxertados na Videira, e Ele não está mais no mundo.

E, como uma videira supre os seus ramos com a sua seiva, sua vida, para que ele produza frutos, assim também a Vida do Messias Yeshua flui para nós, desde que permaneçamos nEle (Jo 15.4,5).

Ele venceu o mundo

Após dar mais algumas orientações a Seus talmidim nosso Senhor encerra Suas instruções com as seguintes palavras:

Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
(Jo 16.33)

Mas qual a relevância de Sua vitória para nós em nossa luta pessoal contra o mundo? A relevância é que Ele está em nós (Jo 14.18).

A maioria de nós, talmidim, sabe que fomos abençoados pelo Pai com toda a sorte de bênçãos (Ef 1.3), mas desconhecem o fato de que estas bênçãos são nossas pelo fato de habitarmos no Messias [em Cristo] (Jo 15.5). Logo, todas as bênçãos são nossas em nossa união ao Messias [união a Cristo] (que é o significado da expressão em Cristo na maioria das vezes em que ela aparece nas Bíblias em português).

É muito importante conhecermos essa verdade, bem como o fato de que o Pai nos deu o Seu Filho não apenas para morrer por nós, mas também para viver por nós, em nós.

Nisto se manifestou o amor de Elohim em nós: em haver Elohim enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
(1 Jo 4.9)

Nossa vitória está no fato do Messias habitar em nós!

Dentre as muitas declarações sobre nosso Senhor Yeshua que encontramos na Bíblia destacamos as seguintes:

- No Messias habita toda a plenitude da Divindade (Cl 2.9).
- No Messias estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Cl 2.3).
- No Messias está a vitória (1 Co 15.57).
- Ele é a nossa sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção (1 Co 1.30).
- Ele está assentado em posição exaltada ao lado do Pai, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro (Ef 1.20-23. Ver também 2.6)
- Ele possui toda a autoridade no céu e na terra (Mt 28.18).

E ainda:

Ele habita em nós e nós nEle!
(Jo 14.18; 15.5)

Devemos entender de uma vez por todas que o Pai não nos concede bênçãos separadas do Messias. Temos a vida eterna, por exemplo, porque estamos conectados a Ele e nEle está a vida (1 Jo 5.11,12).

Nosso relacionamento com o Pai e com o Filho por ser resumido numa só palavra: UNIÃO.

Fomos unidos a Ele, plantados nEle em Sua morte e em Sua ressurreição (Rm 6.5). Em Sua morte para que o mundo e a carne fossem devidamente tratados (Rm 6.6). Em Sua ressurreição para que a Sua vida ressurreta nos possibilite andar em novidade de vida e em vitória (Rm 6.4).

Fé e Vitória

É por meio da vida, da presença poderosa do Messias em nós, que podemos vencer o mundo. Isto porque o mundo não pôde e nem pode vencer a Yeshua, o Messias (Jo 16.33). E assim, como Ele venceu o mundo, nós também venceremos.

Então, o que precisamos fazer para sermos vencedores?

Precisamos ter fé nEle. Fé na verdade que Ele habita em nós pelo Seu Espírito, para nos fazer vitoriosos, santos e cheios de Sua Presença.

[...] porque todo o que é nascido de Elohim vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
(1 Jo 5.4)

Nossa vitória sobre o mundo é fruto de nossa fé no Messias Yeshua, de que Ele habita em nós e nós nEle.

[...] e, assim, habite o Messias no vosso coração, pela fé...
(Ef 3.17)

Mas essa fé deve ser exercitada a cada instante, a cada dia, pois o justo viverá por sua fé (Rm 1.17).

Não podemos apenas crer agora e depois esquecer o assunto, mas devemos andar [viver] segundo essa fé (Cl 2.6,7).

Devemos ter e cultivar olhos como o de Mosheh, que “via” o invisível, para estarmos olhando sempre para o Autor e Consumador da fé, Yeshua, o Messias (Hb 11.27; 12.2).

Devemos viver por meio dEle e para Ele, extraindo dEle o vigor e a vida, da mesma forma que Ele vivia pelo Pai e para o Pai quando andou neste mundo (Jo 6.57).

E então poderemos dizer como disse Paulo, o apóstolo, que para nós o viver é o Messias (Fp 1.21), e que o Messias vive em nós e nós vivemos pela fé nEle (Gl 2.20), e que Ele é tudo para nós (Cl 3.11).

Amados(as), é para que eu e você não vivamos assim que o Adversário se utiliza do mundo.

O objetivo do Adversário ao usar o mundo contra nós é fazer com que eu e você não venhamos a viver a plenitude da vida do Messias em nós.

Mas será que o mundo tem um tesouro maior do que Este (Yeshua) para nos oferecer?

Que possamos todos nós termos o mesmo pensamento e atitude de Sha’ul, o emissário [Paulo, o apóstolo], em Fp 3.7,8:

7Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa do Messias. 8Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento do Messias Yeshua, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as cousas e as considero refugo, para ganhar o Messias…

Que o Eterno opere em nós o querer e o realizar, segundo a Sua boa vontade, e nos conduza a toda a verdade, no Messias Yeshua. Amen.


Yossef Franco

quarta-feira, 23 de março de 2016

ESTUDOS SOBRE O MUNDO

5º Estudo – Águas de Restauração

Qual o objetivo deste estudo?

Alcançar o estágio de Galutyah/Gálatas 6.14:

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus Cristo], pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.

A Festa da Pessach [Páscoa] e o mundo

1Antes da festa de Pessach, sabendo Yeshua que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2Enquanto ceavam, tendo já Satan posto no coração de Yehudá, filho de Shimon do litoral de Sk’irot, que o traísse, 3Yeshua, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que viera de Elohim e para Elohim voltava, 4levantou-se da ceia, tirou o talit e, tomando uma toalha, cingiu-se. 5Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos talmidim, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
6Chegou, pois, a Shimon Kefa, que lhe disse: Senhor, lavas-me os pés a mim?
7Respondeu-lhe Yeshua: O que faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás.
8Tornou-lhe Kefa: Nunca me lavarás os pés. Replicou-lhe Yeshua: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.
9 Disse-lhe Shimon Kefa: Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
10Respondeu-lhe Yeshua: Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais limpo, mas não todos. 11Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais limpos.
12Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o talit, tornou a reclinar-se à mesa e perguntou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13Vós me chamais Rabino e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou. 14Ora, se eu, o Senhor e Rabino, vos laveis os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15Porque eu vou dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16Amen, Amen, e eu vos digo: não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. 17Se sabeis estas coisas, benditos sois se as praticardes.
 (Jo 13.1-17)

O contexto da passagem bíblica acima é a Festa de Pessach Páscoa, que é cheia de simbolismos sobre a nossa libertação. No entanto, apesar do texto bíblico ser rico em ensinamentos, iremos neste estudo nos limitar aos ensinos relativos ao mundo e ao mandamento que o Senhor nos deu, no versículo 14:

Ora, se eu, o Senhor e Rabino, vos laveis os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.

Há quem interprete esta passagem bíblica como sendo uma instrução complementar do Senhor Yeshua sobre a questão do pecado, mas isso não é possível, tendo em vista que o próprio Senhor declarou que estava lavando os pés de quem já estava limpo (Jo 13.10). Logo, não é sobre pecados que Ele está tratando aqui.

Então, do que o Senhor está tratando? De nossa relação com o mundo.

Note que pouco antes de lavar os pés dos discípulos Ele anunciou o julgamento do mundo (Jo 12.31) e, logo após a lavagem, deu uma série de instruções, também sobre o mundo (Jo 14.27,30; 15.18-22; 16.33; 17.6,9,11,14-16,18,21).

O texto de Yochanan/João em questão trata de nossa restauração, após a nossa caminhada pelo mundo.

O ensino de nosso Senhor é que, apesar de procurarmos nos guardar incontaminados das coisas do mundo (Tg 1.27), nosso contato com ele em nossa peregrinação não fica sem consequências para nós.

Assim como uma camada de poeira encobre os nossos pés, os nossos calçados, durante a nossa caminhada pelos caminhos dessa terra, também o mundo se adere a nós todas as vezes que caminhamos por seus domínios.

Portanto, devemos entender que o Senhor, ao lavar os pés dos Seus amados, retirando toda a poeira e tornando-os totalmente limpos, está dando instruções importantes sobre nosso contato com o mundo.

Empoeirados

Mas, o que essa lavagem dos pés representa no nosso dia-a-dia, na prática? Acredito que você já tenha passado pela seguinte situação:

Você termina de orar de manhã e sai para as atividades diárias cheio da presença de Eterno, mas, depois de um dia de trabalho ou de estudo, não só o sentido da presença do Eterno se foi, mas também o ânimo para orar e estudar a Palavra. Você se sente vazio, cansado e desanimado.

O que aconteceu? Você não se lembra de ter pecado durante todo o dia, mas parece que uma barreira foi levantada entre você e o Amado. Se não é o pecado, então o que é esta barreira? É a “poeira espiritual” do mundo, que se aderiu a você, a nós.

É importante entendermos que essa barreira, que se expressa muitas vezes por meio do cansaço e do desânimo, não é meramente física e sim espiritual. Digo isto porque, ainda que problemas de saúde física, mental ou emocional possam causar um estado de apatia, neste caso em particular ficamos abatidos apenas para as coisas espirituais, mas não temos problemas para ficarmos horas e horas mantendo contado com o mundo e com as coisas do mundo.

Sentimos que estamos cansados para orar e estudar a Palavra, mas não para ficarmos a noite e a madrugada toda diante da TV, internet ou algo parecido.

Muitos de nós sofremos este tipo de ataque do kosmos (mundo) e nem sequer damos conta disto. Até mesmo irmãs que exercem suas atividades dentro de casa sofrem este ataque.

Esta é uma questão muito importante e que deve ser urgentemente tratada, pois o talmid [discípulo] que não brilha no mundo é tão anormal quanto aquele que vive em pecado.

A diferença entre eles é que aquele que está em pecado sabe que está vivendo numa condição anormal e busca restauração, mas o que está coberto com a poeira do mundo não necessariamente sabe disto.

E o Adversário utiliza muitas vezes o fato de desconhecermos esta verdade para acusar a nossa consciência, induzindo-nos a pensar que cometemos algum tipo de pecado contra o Eterno.

Sem saber que a poeira do mundo está aderida a ele o talmid não percebe que seu impacto sobre o kosmos foi neutralizado, pois esta poeira está cobrindo seu brilho.

Diante desta situação inevitável não nos resta fazer outra coisa senão buscarmos a restauração de nossa condição original. Como? Da mesma forma como nosso Senhor nos ensinou: retirando a poeira (Jo 13.5).

Um serviço para todos os talmidim [discípulos]

Na prática este elemento removedor pode ser um abraço de um irmão, um aperto de mão, palavras de encorajamento, um olhar carregado de amor, uma oração, a proximidade de um irmão cheio da presença do Eterno.

Resumindo: tudo o que venha a restaurar nossa condição original de cheios da presença do Eterno.

Mas lembre-se que este serviço foi dado pelo Senhor a todos nós, conforme Jo 13.14,15,17.

Não é responsabilidade apenas da liderança, mas é responsabilidade de todos.

Não há talmid que não possa lavar os pés de seus irmãos!
Não há talmid que não necessite ter seus pés lavados por outro irmão!
Todos nós somos chamados para este serviço!

Portanto, quando formos nos reunir com a Comunidade, não devemos ir apenas com a intenção de sermos abençoados, mas sim de sermos, também, instrumentos do Eterno para abençoar nossos irmãos.

Assim estaremos mutuamente nos lavando, sendo vasos úteis nas mãos de nosso Senhor, imitando Seu exemplo, cumprindo Seu mandamento e demonstrando de uma forma prática nosso amor uns pelos outros (Jo 13.34,35; 14.21; 1 Jo 3.18).

Este serviço trata diretamente com vidas, por isso não deixe o Adversário te induzir a negligenciá-lo, te levando a pensar que ele é insignificante e inferior a qualquer outro serviço. Também não aceite o argumento do Adversário de que outra pessoa lavará os pés dos santos em seu lugar.

Quantos irmãos, principalmente líderes, carecem de uma palavra amiga, de um encorajamento, de uma oração, diante do peso da responsabilidade que levam diariamente. E quem irá fazer isto por eles? EU E VOCÊ!

Que o Eterno abra os nossos olhos para entendermos que temos uma grande responsabilidade uns para com os outros, e que a minha e a sua omissão pode ser a causa do fracasso e da tristeza de nosso(a) irmão(ã), por quem o Messias morreu.

Que o Eterno opere em nós e faça de cada um de nós, Seus filhos e filhas, instrumentos cheios do fluir de Sua presença e de Seu amor, para a nossa mútua restauração, em união ao Messias Yeshua.

Se sabeis estas coisas, benditos sois se as praticardes.
(Jo 13.17)

Yossef Franco

segunda-feira, 14 de março de 2016

ESTUDOS SOBRE O MUNDO

4º Estudo – Forasteiros e Peregrinos

Qual o objetivo deste estudo?

Alcançar o estágio de Galutyah/Gálatas 6.14:

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus, o Cristo], pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.

Caminhando pelo Deserto

Neste estudo queremos ressaltar a Verdade de que estamos de passagem por este mundo, que não temos pátria aqui, que este não é o nosso lar, que aqui nesta terra somos apenas forasteiros e peregrinos, conforme a Ruach HaKodesh [o Espírito Santo] se referiu a nós por meio de Kefa, o emissário [Pedro, o apóstolo]:


Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma...
(1 Pedro 2.11)

Para tanto começaremos entendendo como nos tornamos estrangeiros nesta terra e faremos isso olhando para o Senhor Yeshua, o Messias, o Autor e Consumador de nossa fé.

A morte do Messias

Sabemos, por meio das Escrituras, que antes de crermos no Senhor Yeshua todos nós éramos cidadãos deste mundo, onde o Adversário é o príncipe e “deus”. Todos nós éramos súditos deste reino.

Para nos salvar, nosso Senhor teve que entrar nesse domínio, por meio de seu nascimento em semelhança de nossa carne pecaminosa.

Depois de viver uma vida imaculada Ele foi voluntariamente para o madeiro, onde levou sobre Si as nossas iniquidades.

Foi por meio de Sua morte que Ele deixou este domínio do Adversário e, por meio da Sua ressurreição, Ele retornou ao Reino de Elohim.

Sendo a morte a única porta de saída deste mundo, nosso Senhor teve que passar por ela, porém, ao contrário daqueles que morrem em pecado, Ele não foi por ela retido (Atos dos Apóstolos 2.24).

A morte dos Nazarenos

Mas o que tudo isso tem a ver conosco?

Tem tudo a ver!

Porque as Escrituras ensinam que nós, nazarenos/messiânicos/cristãos, fomos unidos ao Messias Yeshua no início desse processo de transferência de domínio, de reino, que é a Sua morte.

3Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados no Messias Yeshua [em Cristo Jesus] fomos batizados na sua morte? 4Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como o Messias foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. 5Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição...
(Romanos 6.3-5)

A palavra batismo aqui NÃO se refere ao batismo com água, que é apenas simbólico e não realiza todas as coisas que Sha’ul, o emissário [Paulo, o apóstolo], nos ensina que este batismo realiza.

Aqui a palavra batismo aponta para a nossa união com o Messias [no Messias/em Cristo] (ver o versículo 5, onde o apóstolo nos informa que fomos unidos, plantados, com Ele).

É importantíssimo sabermos e crermos que, por conta desta união [no Messias/em Cristo] tudo o que aconteceu fisicamente ao nosso Senhor Yeshua aconteceu também conosco, espiritualmente.

Já aconteceu. O verbo está no passado.

É fundamental entendermos e conhecermos a Verdade que não só o Senhor Yeshua, o Messias, deixou este reino por meio de Sua morte, mas nós também, pois todos nós, os que cremos, fomos unidos a Ele em Sua morte.

É por causa do rompimento do Senhor com este mundo por meio de Sua morte e o nosso entendimento de que fomos e estamos unidos a Ele, não só em Sua morte, mas também em Sua ressurreição (Romanos 6.5), que temos base para nos considerarmos forasteiros e peregrinos neste mundo.

É por isso que Sha’ul pôde afirmar que o mundo estava crucificado para ele e ele para o mundo (Gálatas 6.14) – O objetivo deste estudo.

Conhecermos a Verdade de que não pertencemos mais ao domínio das trevas, mas estamos aqui apenas de passagem, é uma excelente forma de lidarmos com o mundo.

Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Yeshua, o Messias...
(Filipenses 3.20)

Diante do exposto, creio que a decisão mais prudente que podemos tomar é nos prepararmos, nos purificando, conforme nos orientou o Espírito Santo por meio de João, o apóstolo:

2Amados, agora, somos filhos de Elohim, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 3E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
(1 João 3.2,3)

Que o Eterno, por meio de Sua Ruach, nos conduza a toda a Verdade.


Yossef Franco