3º Estudo – Saindo
do Mundo
Qual o objetivo deste estudo?
Alcançar o estágio
de Galutyah/Gálatas 6.14:
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus, o Cristo], pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
O êxodo de Israel e o mundo
Agora que já
sabemos o que é o mundo e conhecemos os seus perigos, vamos aprender neste
estudo como o Eterno no liberta dele (do mundo).
Talvez o
episódio bíblico que melhor retrate o processo de saída do mundo seja o êxodo do povo de Israel do Egito.
Vejamos os
textos: Ex 3.7-9; 5.1; 6.6-8; 12.5-13,37-41.
É
interessante observarmos e ressaltarmos os seguintes “tipos” encontrados nestes
textos:
- O Egito =
o mundo, em seu sentido moral, objeto deste estudo.
- O deserto
= o mundo, em seu sentido físico.
- Faraó = o
Adversário, Satanás.
- O Cordeiro
= nosso Senhor Yeshua, o Messias.
Sabemos,
pelo relato bíblico, que a libertação de Israel do Egito se deu por meio das
pragas que o Eterno enviou sobre ele, sendo a 10ª praga, a morte dos
primogênitos do Egito, a principal, aquela que consumou a saída do povo do
Eterno do cativeiro egípcio.
Nesta praga
o Eterno determinou que um cordeiro fosse sacrificado no crepúsculo da tarde do
14º dia, do 1º mês do calendário do povo de Israel (Ex 12.2,5,6).
Após o
sacrifício o sangue do cordeiro deveria ser posto nas ombreiras e na verga das
portas das casas dos israelitas (Ex 12.7).
Este sangue
seria o sinal para determinar qual a casa onde a praga de morte iria ou não
entrar. Se houvesse a presença do sangue o destruidor não entraria na casa.
Creio que
todos os cristãos sabem que este evento apontava para o sacrifício do Messias
Yeshua, que derramou o Seu sangue no Calvário para nos resgatar deste mundo (Gl
1.4).
A redenção e a saída do mundo
No entanto,
há um aspecto importante no texto que parece não receber a devida atenção da
Igreja: Por que os israelitas deveriam
comer o cordeiro apressadamente (Ex 12.11)?
Porque após
a redenção vem imediatamente a separação, a saída do Egito (do mundo).
É uma
condição totalmente anormal ser salvo e permanecer no Egito, já que um
dos objetivos da salvação é servir ao Eterno no deserto (Ex 5.1), ou seja, no
mundo, em seu sentido físico.
A saída do Egito é algo que acontece imediatamente
após o sacrifício do Cordeiro.
Todos os que
foram salvos por meio do sangue do Senhor Yeshua devem viver neste mundo como
forasteiros e peregrinos (1 Pe 2.11).
E como é ser
um peregrino, um forasteiro? É olhar para o mundo como se estivéssemos olhando
uma paisagem, em um veículo em movimento, durante uma viagem; não dá para ficar
olhando muito a paisagem nem se envolver com ela, pois estamos na estrada a
caminho de outro lugar. Não importa se no local onde estamos passando está
havendo uma festa ou uma guerra, nós só observamos, pois não moramos ali. Estamos
somente de passagem e logo tudo ficará para trás. O sentimento do viajante é
totalmente diferente do residente. O residente se envolve, se preocupa, é
afetado pelas circunstâncias do local onde vive. O viajante só observa…
Estarmos
vivendo hoje no deserto, porém não temos aqui um lugar de repouso, uma pátria
(Fp 3.20), pois estamos viajando rumo ao nosso verdadeiro lar: a Canaã
Celestial, a Nova Jerusalém (Ap 21.2). Lá é onde deve estar o nosso coração (Mt
6.21), já que nesta terra não temos nenhuma herança ou porção da parte do
Eterno. Nossa porção é a porção dos levitas: o próprio Eterno (Nm 18.20).
Sobre isso o
pastor David Martyn Lloyd-Jones escreveu em seu livro CRESCENDO NO ESPÍRITO
(Editora PES):
“Diga a si próprio que você é
tão-somente um estrangeiro neste mundo, um peregrino, um viajor. Diga a si
próprio: ‘O céu é o meu lar, sou um cidadão do céu, é dali que sou. Dia após
dia e noite após noite levo e monto a minha tenda móvel um dia mais perto do
lar’. (...) Porventura estou vivendo à luz destas coisas? Essa é a vida e o
andar de fé. A fé significa que esta é a verdade a meu respeito e que por isso
eu vivo como vivo.”
Aquele que decide ficar no
Egito após ser salvo se arrisca a se tornar novamente escravo de Faraó.
Outro
aspecto importante do texto, que não recebe a devida atenção, é que, apesar das
recusas de Faraó (Ex 10.8-11,24), Israel saiu sem deixar coisa alguma de seus
pertences para trás.
O Adversário
sabe que, se deixarmos algo no Egito, cedo ou tarde iremos olhar para trás.
No entanto,
vejamos a resposta que Moisés deu a Faraó – Ex 10.25,26.
Quando
saímos do Egito, saímos com tudo o que o Eterno nos deu. Quando passamos pelas
águas, passamos com tudo o que é nosso, para servirmos ao Eterno no deserto.
Prossigamos,
então, irmãos, para a Terra Prometida; terra que mana leite e mel, que é o
nosso destino… sem deixar nada no Egito.
Yossef Franco
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