quinta-feira, 9 de junho de 2016

4º ESTUDO SOBRE A CARNE

CONHECENDO A CARNE 
(REFERÊNCIA: O Homem Espiritual, Vol. I – Watchman Nee, Edições Parousia

Qual o objetivo deste estudo?

Chegarmos todos juntos ao estágio de Galutyah/Gálatas 5.16,24:

[...] Vivam pela Ruach [Espírito], e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne... Os que pertencem ao Messias Yeshua [Cristo Jesus] crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos (Gl 5.16,24)

1. Como nos tornamos carne?

Nosso Senhor Yeshua, o Messias, responde essa questão no texto de Jo 3.6:

O que é nascido da carne é carne...

Logo, carne é tudo o que recebemos, o que herdamos, através de nosso nascimento natural.

E o que recebemos de nossos pais ao nascermos? Ao contrário de Adam [Adão], que foi criado perfeito, com seu espírito, alma e corpo desempenhando plenamente as suas funções (Figura 1), nós (os descendentes de Adam) nascemos com as seguintes características (Figura 2):

a. Com um corpo, pelo qual podemos perceber e interagir com o mundo físico.
b. Com uma alma, pela qual podemos pensar, sentir e tomar decisões.

c. Com um espírito... morto, pois não está conectado ao Eterno.


P: O que é carne?
R: É o composto de nossa alma e corpo, com a alma seguindo o corpo e suas paixões e sendo escravizada por ele (Figura 3).


Podemos ver esse conceito também no texto de Rm 7.14, 18:

14Porque bem sabemos que a torá é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado... 18Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.

Todos os homens neste mundo são nascidos da carne (Jo 3.6), e são carnais. Todo homem não regenerado é controlado pelo composto de alma e corpo chamado carne (Ef 2.3).

2. A carne depois da regeneração

No estudo anterior aprendemos que nosso corpo ainda não foi redimido no ato de nossa salvação/justificação. Por isso a alma do talmid [discípulo] ainda recebe grande influência do corpo, como recebia antes dele ser regenerado.

A carne do talmid e a do incrédulo são iguais.

Na regeneração a carne não é transformada, melhorada ou deixa de existir. O texto de Gl 5.16,17 nos informa não só que a carne ainda permanece nos talmidim [discípulos], mas que também possui grande poder, a ponto de lutar contra a Ruach HaKodesh [Espírito Santo].

Não há como melhorar ou aperfeiçoar a carne, por isto o Eterno não tenta alterá-la no momento da salvação. O que o Ele faz é conceder ao homem uma nova vida (Ef 2.1), a fim de ajudá-lo a mortificar a carne (Rm 8.13; Gl 5.16).

A luta interior existente em todo o talmidim é resultado dessa influência do corpo sobre a alma, que é contrária a influência do espírito regenerado (Figura 4).


3. Por que é importante que a carne seja combatida?

Entre tantos motivos, selecionamos os seguintes:

v  Porque ela é inimiga do Eterno e a Ele não se sujeita (Rm 8.7).
v  Porque ela desagrada ao Eterno (Rm 8.8).
v  Porque viver por ela é caminhar para a morte (Rm 8.13)
v  Porque não há bem algum nela (Rm 7.18).
v  Porque o pecado habita nela (Rm 7.20).
v  Porque ela se opõe ao Espírito do Senhor (Gl 5.17).
v  Porque ela nos aprisiona no pecado (Rm 7.23).
v  Porque nela não há nada que se aproveite (Jo 6.63).
v  Porque ela é fraca em relação à vontade do Eterno (Mt 26.41).

4. O talmid carnal e suas características

Vimos anteriormente que a nova vida do espírito e a habitação da Ruach HaKodesh em nós tem por principal finalidade restaurar o governo do espírito sobre a alma do homem, como no início da criação (Figura 1), ou seja, com a alma sendo governada pelo espírito.

Do observar ou não essa vontade do Eterno surge dois tipos de talmidim: os carnais e os espirituais (1 Co 3.1-3).

v  O espiritual é aquele em cujo espírito a Ruach HaKodesh habita e controla todo o seu ser.
v  O carnal é o nascido de novo, que tem a vida do Eterno, mas é vencido pela carne. É alguém que ainda segue sua alma e corpo no pecar, vivendo como um homem comum.

Segundo o texto de 1 Co 3.1-3, as principais características dos carnais são as seguintes:

v  Longa permanência como bebês.
v  Dificuldade para absorver o ensino espiritual.
v  A existência de obras da carne em suas vidas.

O risco de alguém permanecer nesta situação por muito tempo depois de ter nascido de novo é impedir que a salvação do Eterno realize seu pleno potencial em sua vida, conforme Rm 8.29:

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

Yossef Franco 


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